O ator Paulo Betti, da Rede Globo de Televisão, esteve reunido na manhã deste domingo, dia 24, com o governador Wilson Martins (PSB) para acertos da produção do filme Mandu Ladino, líder indígena e personagem central do romance escrito pelo autor Anfrísio Neto Lobão Castelo Branco. Durante uma semana, a equipe do longa ficará no Piauí para a escolha de cenários que irão compor a produção cinematográfica. Serão visitadas as cidades de Campo Maior, Parnaíba, Piracurura e o Parque Nacional de Sete Cidades. Paulo Betti conheceu a história de Mandu Ladino quando esteve no Piauí em 2007 para a gravação da novela 'Sete Pecados', exibida pela Globo. Na época, o ator se encantou pelo romance e iniciou o processo de adaptação do livro piauiense. Em café-da-manhã com Wilson, o ator apresentou o roteiro do filme, adaptado por Mariana Betti. Segundo o ator, a história de Mandu Ladino tem qualidade para adaptação aos cinemas devido a qualidade do livro, que mistura cenas de revolução, a saga do líder indígena e um romance entre uma índia e um português. "É uma história de resistência, que me apaixonei. O livro é muito bem escrito. O Piauí esteve renegado há muito tempo, mas com boas divulgações podemos mudar esta situação", comentou o artista. O ator esteve acompanhado do autor do livro, Anfrísio Lobão, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e do senador Wellington Dias (PT). O Governo do Estado estuda dar apoio a produção. Segundo Paulo Betti, as cenas de revoluções demandam altos custos.
O filme deve chegar aos cinemas entre os anos de 2014 e 2015. O elenco ainda não foi definido.
A história
O romance começa na nascente colonização do Piauí no século XVII. Personagens reais, como os matadores de índios Domingos Jorge Velho e Bernardo Aguiar estão nas páginas do romance. Mandu, criança índia escravizada depois de uma matança rotineira, é entregue a um jesuíta para a conversão e cresce num aldeamento na Paraíba. Torna-se Ladino pelo domínio dos idiomas brancos e gentios. Numa revolta, no aldeamento jesuíta, foge de volta as terras do rio Longá, em busca de sua origem, e é novamente escravizado. Em nova revolta lidera uma guerra de índios contra a dominação branca até ser abatido, como que representando o extermínio de todos os índios dos sertões do Piauí.
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