No entanto, outros ex-barcelonistas não têm tanta certeza. Numa entrevista ao jornal “Marca”, o holandês Frank de Boer, expressou dúvidas sobre a capacidade de acomodação de egos. “São dois grandes jogadores, mas vai chegar um momento em que um vai começar a pensar que é mais importante que o outro”, disse De Boer, numa entrevista à edição de julho da revista holandesa “Total Voetbal”.
Os argumentos céticos se concentram principalmente no caso do sueco Zlatan Ibrahimovic, cuja passagem pelo Barcelona foi marcada por problemas em aceitar que o Barcelona é Messi e mais 10 jogadores. O mesmo Ibrahimovic que veio na direção contrária do camaronês Samuel Eto’o, em 2009, inconformado por ter sido mudado de posição por Pep Guardiola para melhor acomodar Messi. “Precisava que Xavi e Iniesta me passassem a bola. Mas os dois só viam Messi à frente deles. E sou três vezes maior que o cara”, reclamou o sueco em sua autobiografia.
Recém-chegado a um grupo que conta ainda com um grande número de jogadores formados nas divisões de base do Barcelona, Neymar tem como primeira missão entender e aceitar o status quo catalão. Dentro do campo, porém, ele cai como uma luva em função de sua predileção pelos avanços usando o lado esquerdo do campo. Um setor que foi problemático para o Barcelona na temporada 2012/13 e que nem o uso improvisado de Iniesta surtiu o efeito desejado.
Otimismo à parte, o histórico de Messi mostra que a missão não é tão simples. Como o próprio Ibrahimovic descobriu quando viu o argentino pôr a bola debaixo do braço para cobrar um pênalti sofrido pelo sueco num jogo contra o Mallorca, pela Liga Espanhola, em 2010. No fim daquela temporada, o sueco, comprado por 66 milhões de euros (mais do que o Barcelona pagou por Neymar) foi emprestado ao Milan.
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