sexta-feira, 8 de julho de 2016

Preço de energia solar no Brasil

A própria eficiência das células fotovoltaicas não parou de crescer, as taxas de cobertura estão a tornar-se mais amplas e as barreiras institucionais estão a desaparecer.
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O futuro precipita-se e a energia solar é cada vez mais a alternativa aos combustíveis fósseis. Os grandes projectos que os países estão a lançar, tornam esta energia imparável e nos últimos 16 meses, o preço de produção está a cair significativamente.
Como demos a conhecer, os Emirados Árabes estão a construir um dos maiores projetos do mundo de energia solar, tendo já concluído uma importante fase. Nesta fase o preço por kWh ronda os 6 cêntimos, contudo, os responsáveis anunciaram que para a próxima fase do projecto já receberam ofertas de 2,99 cêntimos, o que confere uma redução de 50% num único ano.

O que significam estes valores?

Estes o preço de energia solar significam que o mundo está a mudar de uma forma fantástica, do ponto de vista da dependência energética. Estamos com o preço mais barato da energia solar alguma vez registada, atingiu-se um valor 15% menor do que o recorde anterior, estabelecido no México no mês passado. Será que estamos no limiar de energia (quase) livre?

Mas como se chega ao preço da energia solar?

Não é fácil calcular o preço da energia. Este cálculo envolve muitas variáveis, tais como o investimento, a manutenção, o custo das matérias-primas utilizadas na produção, condições climáticas, etc. Além disso, estes dados não são geralmente acessíveis. Por isso, é interessante acompanhar os contratos internacionais de energia. Neles, as empresas estimam o custo da energia a longo prazo e sabemos que a evolução dos custos é bastante confiável.
Mas neste caso há algumas dúvidas. A falência da Sun Edison, uma das principais empresas de energia solar do mundo, tem levantado suspeitas. Como referiu Jenny Chase, analista da Bloomberg, “esta oferta diz-nos que muitas empresas estão dispostas a apostar fortemente em serem o produtor mais barato”, diz ele. Mas ninguém está certo de que essas operações se vão tornar rentáveis.
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Está claro que pelo que vemos no índice dos preços, dos últimos anos, há uma tendência clara para uma queda consecutiva.
Nos EUA, o preço médio da energia solar caiu para cinco cêntimo por kWh em 2014. Pouco tempo depois, o Dubai decretou uma taxa fixa de 5,84 cêntimos para o kWh num prazo de 25 anos.
No verão de 2015, o Texas recebeu uma ofertas de 4 cêntimos e o Nevada 3,87 cêntimos. De facto, no último mês, a Enel (eletricidade italiana) assinou contratos para 3,6 cêntimos com o México e 3 cêntimos com Marrocos.

Revolução energética

As notícias e os dados são fantásticos. Há um grande investimento tecnológico e estrutural que vai para lá da vontade das organizações que protegem os combustíveis fósseis. A própria eficiência das células fotovoltaicas não parou de crescer, as taxas de cobertura estão a tornar-se mais amplas e as barreiras institucionais estão a desaparecer, havendo mesmo incentivos governamentais e fiscais para a colocação desta tecnologia.
Pode não parecer, até porque ainda é relativamente cedo, mas estamos perante uma revolução total, uma das maiores da história do homem.

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